Ϸվ

ÍԻ徱
Anterior
Siguiente
Texto íntegro
Acta literal de los debates
XML18k
Miércoles 27 de noviembre de 2024-Estrasburgo

15.3. Reducción del espacio para la sociedad civil en Camboya, en particular el caso de la organización de defensa de los derechos de los trabajadores CENTRAL
Vídeo de las intervenciones
Acta
MPphoto

El presidente. – El punto siguiente en el orden del día es el debate sobre seispropuestas de Resolución relativas a la reducción del espacio para la sociedad civil en Camboya, en particular el caso de la organización de defensa de los derechos de los trabajadores CENTRAL ().

MPphoto

Sebastião Bugalho, Autor. – Senhor Presidente, Senhora Comissária, as relações entre a União Europeia e o Camboja remontam a 1997 e têm por base um acordo de cooperação que prevê a promoção da democracia e dos direitos humanos. Infelizmente, regista-se hoje um retrocesso notório, sobretudo desde 2017, que nós devemos condenar e não ignorar.

O caminho seguido pelo regime do Camboja obriga-nos a exigir aqui a libertação de todos os presos políticos e a cessação imediata da opressão das liberdades cívicas. Recordo, em particular, a organização cambojana central, especialmente perseguida depois de ter denunciado práticas que desrespeitam flagrantemente direitos laborais que esta União Europeia defende aqui e no resto do mundo.

Há um provérbio no Camboja que diz: «Se fores paciente no momento de raiva, pouparás a ti mesmo 100 dias de lágrimas». As autoridades do Camboja deveriam seguir a sabedoria do seu povo e inverter este rumo e poupar tantas lágrimas desnecessárias.

A União tem de ser cada vez mais vigilante em casos como este e instar o Camboja a que cumpra, sem demora ou reserva, a letra e o espírito de um acordo que nos aproxima, em vez de insistir neste caminho, que só nos distancia.

MPphoto

Francisco Assis, Autor. – Senhor Presidente, Senhora Comissária, a Europa é o continente que melhor cuida dos direitos laborais e sindicais. Foram, como sabemos, direitos conquistados à custa de sangue, suor e muitas lágrimas. Mas hoje as democracias europeias beneficiam de produtos oriundos de países onde esses direitos ainda não estão consolidados ou estão mesmo sob ataque. E esse dilema, como se vê pelo caso do Camboja, também se coloca em relação a países com os quais a União Europeia firmou mesmo acordos de cooperação.

Há uma reflexão que é preciso fazer desde já. O esquema de preferências generalizadas da União Europeia não está a ter o resultado que se esperava. A suspensão parcial desses benefícios, no caso do Camboja, não surtiu, aparentemente, qualquer efeito. A perseguição e a prisão de sindicalistas e ativistas por razões políticas são a prova disso mesmo.

A União Europeia tem de deixar claro ao governo do Camboja que não pactua com a criminalização da luta dos cambojanos e com os ataques à sociedade civil, recorrendo para isso a todos os mecanismos de que dispõe, sejam as sanções individuais, seja mesmo a suspensão total das tarifas preferenciais.

MPphoto

Catarina Vieira, author. – Mr President, ever since Cambodian labour rights organisation CENTRAL published a critical report on freedom of association violations, they have been confronted with a government-led smear campaign. CENTRAL and its programme manager, Khun Tharo, are facing unfounded legal threats and harassment. We see the same pattern with Mother Nature Cambodia, a youth‑led organisation that exposes environmental crimes. Several of their members, most of which are students in their 20s, have been sentenced to prison, while others have been harassed to the point of leaving. They are not safe in their own country because they dare to speak out.

Cambodian civic space is shrinking rapidly, and the government is instrumentalising the judiciary and affiliated trade unions to silence opposition, human rights and environmental defenders, and journalists. We need targeted sanctions against those responsible for the political repression, and we must ensure that further engagement with the country is conditional upon the improvement of human rights and civil society freedoms. The EU must use its leverage to ensure that the Cambodian civil society is not silenced.

MPphoto

Isabel Serra Sánchez, autora. – Señor presidente, el Gobierno de Camboya está haciendo una persecución política contra los trabajadores y trabajadoras que se organizan por defender sus derechos, contra los sindicalistas, activistas y periodistas, contra la organización de defensa de los derechos de los trabajadores CENTRAL y su director.

Hoy pedimos desde este Parlamento que el Gobierno retire los cargos, la persecución, la caza de brujas contra quienes defienden un país democrático, una sociedad democrática basada en los derechos laborales y en los derechos humanos. También pedimos que la Unión Europea ponga en marcha sanciones.

Pero, señorías, con esto no basta. La pregunta es: ¿quiénes se benefician de la vulneración de los derechos laborales en Camboya? Porque muchos son dueños de grandes empresas del textil, empresas europeas. Camboya es un país en el que trabaja un millón de personas en la industria textil (el 90% son mujeres en condiciones absolutamente inhumanas) y la Unión Europea es el segundo mercado para exportaciones de Camboya.

Marcas como H&M o Inditex —cuyo dueño es uno de los hombres más ricos del mundo— se aprovechan de esta persecución del Gobierno de Camboya contra quienes defienden los derechos laborales. Así pues, pensamos que Europa debe tomar acciones contra las empresas europeas que se aprovechan de esa persecución que todos decimos combatir.

MPphoto

Marco Tarquinio, a nome del gruppo S&D. – Signor Presidente, onorevoli colleghi, signora Commissaria, difendere la libertà di associazione, i diritti dei lavoratori, i diritti umani essenziali, e agire a tutela dell'ambiente non può essere motivo di azioni penali o comunque pretesto per pressioni e attacchi sistematici tipici dei governi illiberali.

Accade, purtroppo, e continua ad accadere in Cambogia. L'UE non deve stare a guardare, mentre il governo di Phnom Penh stringe in una vera morsa la società civile.

Vanno perciò usati – e mi attendo da Lei delle risposte a riguardo – tutti gli strumenti a disposizione: politico-diplomatici, commerciali e fiscali, affinché le autorità cambogiane ritirino le accuse contro l'organizzazione sindacale umanitaria CENTRAL, accuse gravemente e palesemente infondate.

Fermino una volta per tutte gli attacchi contro gli attivisti delle organizzazioni civili, tra cui Equitable Cambodia, Madre Natura, impegnate per difendere nobili cause quali la difesa dell'ambiente, lo sviluppo sostenibile, la giustizia sociale.

MPphoto

Helena Dalli, Member of the Commission. – Mr President, honourable Members, human rights continue to be at the centre of the EU engagement with Cambodia. The decision taken by the Commission in 2020 to partially withdraw the Everything But Arms (EBA) trade preferences is a clear example of the EU commitment to the human rights agenda. As we stated at the time of the withdrawal in the GSP report of 2023 and in our political interactions since 2020, EBA preferences could be fully restored if there is a substantial improvement on the serious and systematic violations of the principles of the UN International Covenant on Civil and Political Rights that motivated the decision to withdraw.

Civil and political space in Cambodia continues to shrink. The most recent parliamentary elections in 2023 were conducted in a restricted political and civic space. Civil society organisations are subject to the restrictive law on associations and non-governmental organisations, which imposes cumbersome registration and reporting procedures. Shrinking civic space also featured prominently on the agenda of the last Universal Periodic Review for Cambodia in May 2024.

Cambodia needs to do much more to overcome the violations of labour rights, for instance stopping the ongoing harassment of trade union leaders. Cambodia must also urgently implement the ILO's fundamental Convention87 on freedom of association and Convention98 on collective bargaining and prohibition of anti-union discrimination.

The EU is closely following the situation of the labour rights group, the Center for Alliance of Labor and Human Rights. The EU Head of Delegation in Cambodia has been consistently raising these issues with his counterparts in the Cambodian administration, including this specific case. The EU also publicly reiterated its concern about harassment of non-governmental organisations and labour rights groups at the Human Rights Council in Geneva two months ago.

The agenda of the EU political dialogue with Cambodia reflects our preoccupations. In March 2024, Commissioner for International Partnerships Jutta Urpilainen visited Cambodia and met with representatives from civil society. The question of shrinking civil space also featured on the 12th EU‑Cambodia Joint Committee held in Brussels on 25April of this year. Substantial discussion covered, inter alia, civil and political, labour and women's rights.

The EU will continue to support human rights and democracy in Cambodia through political dialogue with the authorities and in multilateral fora. The EU will also continue to provide support through its cooperation instruments under bilateral cooperation programmes.

MPphoto

El presidente. – Se cierra el debate.

La votación tendrá lugar mañana.

Última actualización: 30 de abril de 2025Aviso jurídico-Política de privacidad